Pesquisa aponta que a poluição sonora traz riscos grandes para a saúde do coração, entenda o porque!
Você acreditaria se nós te contássemos que a poluição sonora e o excesso de barulho podem prejudicar o corpo, a mente e até mesmo o sistema cardiovascular? Isso é o que sugere um novo estudo.
O pesquisador alemão Thomas Münzel, da Universidade de Mainz, na Alemanha, apresentou uma nova pesquisa que aponta a importância de manter os barulhos urbanos sob controle a fim de preservar a saúde humana.
A teoria é suportada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que reconhece a poluição sonora como um fator contribuinte para a perturbação da mente e igualmente prejudicial para o corpo, classificando o excesso de ruído sonoro como um fator de risco ambiental subestimado.
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Em palestra, o pesquisador explicou que o excesso de barulho prejudica o sistema cardiovascular através de duas vias. Münzel aponta primeiramente a conexão direta entre a exposição excessiva à ruídos ao desenvolvimento de problemas no aparelho auditivo, o que acarreta problemas de saúde.
Logo, o alemão aponta que o excesso de barulho urbano dificulta a comunicação interpessoal e afeta o sono. Todos os fatores citados acima geram estresse, irritação e com o passar do tempo podem se tornar sentimentos crônicos, promovendo a liberação de substâncias que causam danos ao endotélio, o revestimento interno dos vasos sanguíneos.
O pesquisador aponta que esses danos podem ser o estopim para o surgimento de problemas cardiovasculares graves, como o infarto agudo do miocárdio e até mesmo acidente vascular cerebral (AVC).
No seu ensaio, que foi publicado na National Library of Medicine, Munzel afirma que a média europeia de decibéis é 56, entretanto, a cada 10 decibéis adicionais a esse valor, sobe em 3,2% o risco do surgimento de alguma enfermidade cardíaca.
A pesquisa foi conduzida em laboratório com pacientes que foram expostos ao barulho. No experimento, ainda foram observadas alterações na pressão arterial, o que gera a liberação de substâncias que aumentam os níveis de estresse do corpo e a inflamação, causando danos oxidativos ao organismo e prejudicando a saúde do coração.
